Levantamento da UFMG mostra que trânsito irrita 65% da população. Arquitetos e engenheiros se reuniram no Recife para discutir soluções.
O trânsito é o problema que mais incomoda a população do Recife, segundo uma pesquisa feita pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em algumas capitais brasileiras. O levantamento foi encomendado pelo Sindicato Nacional de Arquitetura e Engenharia (Sinaeco). Na capital pernambucana, foram ouvidas 2 mil pessoas, das quais 65% classificaram o trânsito como o principal entrave na cidade. A opção ficou na frente da falta de saneamento, que incomoda 12% da população, e de habitação, relatada por 8% dos entrevistados.

O assunto foi discutido no Recife na quinta-feira (17) por engenheiros e arquitetos. Com o tema "De olho no futuro: como estará o Recife daqui a 25 anos", os profissionais debateram soluções para melhorar a situação. A pesquisa revela ainda que, em um futuro próximo, o deslocamento no espaço urbano será ainda mais difícil. Até 2040, a frota da Região Metropolitana do Recife - hoje em 630 mil automóveis - irá mais que triplicar, chegando a de cerca de 2,4 milhões de veículos.
"A ideia é essa mesmo, provocar, chamar a sociedade, a comunidade técnica, arquitetos, engenheiros, autoridades e empresários para esse debate. Para refletir, propor novas ideias, sempre pensando em um planejamento a longo prazo", afirmou a presidente do Sinaeco-Pernambuco, Michelle Pessoa.
O engenheiro civil e presidente do Sinaeco em São Paulo, José Roberto Bernasconi, acredita que a solução passa pela oferta de transporte público de qualidade à população, restrição ao uso dos carros particulares e evitar dividir a cidade em espaços residenciais e comerciais. "A única maneira de você reduzir a demanda pelo transporte individual ou público é aproximar as funções urbanas. Quando classificamos as áreas como predominantemente residenciais, de lazer, de trabalho, na verdade, afastamos os usos. Com isso, aumentamos a necessidade de mobilidade", esclareceu.
Fonte: G 1
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