Um levantamento divulgado nesta quarta-feira (4) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que 564 mil pessoas no Recife vivem em favelas. A capital pernambucana é a segunda do país em número de pessoas que habitam esse tipo de moradia.
Às margens do Rio Capibaribe, no Centro do Recife, por exemplo, há várias moradias instaladas de forma improvisada. São casas construídas sem qualquer planejamento e estrutura. “É sujeira muito rato, é barata, muriçoca. A água é péssima, a energia é péssima também”, reclama o técnico em Eletrônica, Claudionor Miguel, que mora desde que nasceu em um barraco na favela do Papelão, área central da capital.
O estudo feito pelo Ipea apontou que o número de pessoas morando em favelas em todo o Brasil cresceu 6,7% nos últimos 13 anos. A capital da Bahia, Salvador, ocupa a primeira posição desse ranking com 607 mil moradores. Logo após o Recife, em segundo lugar, estão São Paulo, Belém e Rio de Janeiro.
Além das condições precárias de moradia, outras dificuldades afetam quem vive nessas regiões. Não bastassem os problemas de saneamento básico, água e energia, muitos relatam que sofrem preconceito e são desrespeitados pelo simples fato de morarem em favelas. “Todo mundo é discriminado, todo mundo é ladrão. Tem que ter mais respeito pelas pessoas”, diz o camelô Severino Barbosa.
A Prefeitura do Recife informou que está construindo sete conjuntos habitacionais na cidade, totalizando 1.488 novas moradias populares. A prefeitura garantiu, ainda, que irá lançar, dentro de até dois meses, um programa de cadastro para traçar o perfil das famílias e um diagnóstico das condições de moradia em toda a cidade.
Fonte: G1 PE
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